Quando Adália enlouqueceu
Pôs-se na laje a sonhar...
Viu uma nuvem no céu
Viu outra no mar
No sonho em que se meteu
Banhou-se toda a se sujar
Queria descer do céu
Andar sob o mar...
E na loucura sua
Na laje pôs-se a berrar
Estava perto de Deus
E tão longe do mar...
As asas que Deus lhe deu
Arrancou a ufanar...
Sua alma caiu do céu,
Com nadadeiras para nadar.
Rogério Saraiva
8 comentários:
Caiu no mar é peixe
ismália ficou pequenininha...
Ass: Renato
Adália,em meio a sua loucura,descobriu que a suavidade vem sempre de alguma renúncia e abriu mão de suas asas para virar estrela do mar,que perde o veludo verde fosforescente para ser uma cópia do osso mais do que a concha. Como um barco, o osso do oceano não se enterra.
É, se pode sonhar com tudo, mas não se pode ter tudo! Muitas vezes o sonho é mais lindo que a realidade, mas outras vezes a realidade supera nossos sonhos!!! Nossa missão é nos conhecer e enchergar o presente com o encanto dos sonhos. Lindo demais Rogério!!!Parabéns!!!
Marina Dalila
Quando se está sob dominío do desespero a razão adormece e dá oportunidade para que o acaso faça das suas.
Versos fortes, carregados de vivência.
Carlim
Caiu no peixe, é faca!
Belo poema Rogério;parabéns camarada. Espero pelos próximo...Abraços!
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