quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Adália, sátira a Alphonsus Guimaraens

Quando Adália enlouqueceu
Pôs-se na laje a sonhar...
Viu uma nuvem no céu
Viu outra no mar


No sonho em que se meteu
Banhou-se toda a se sujar
Queria descer do céu
Andar sob o mar...


E na loucura sua
Na laje pôs-se a berrar
Estava perto de Deus
E tão longe do mar...


As asas que Deus lhe deu
Arrancou a ufanar...
Sua alma caiu do céu,
Com nadadeiras para nadar.




Rogério Saraiva

8 comentários:

Katrina disse...

Caiu no mar é peixe

Anônimo disse...

ismália ficou pequenininha...

Anônimo disse...

Ass: Renato

Anônimo disse...

Adália,em meio a sua loucura,descobriu que a suavidade vem sempre de alguma renúncia e abriu mão de suas asas para virar estrela do mar,que perde o veludo verde fosforescente para ser uma cópia do osso mais do que a concha. Como um barco, o osso do oceano não se enterra.

DA NUTRIÇÃO - UNINUTRI disse...

É, se pode sonhar com tudo, mas não se pode ter tudo! Muitas vezes o sonho é mais lindo que a realidade, mas outras vezes a realidade supera nossos sonhos!!! Nossa missão é nos conhecer e enchergar o presente com o encanto dos sonhos. Lindo demais Rogério!!!Parabéns!!!

Marina Dalila

Carlos Inácio Coelho Neto disse...

Quando se está sob dominío do desespero a razão adormece e dá oportunidade para que o acaso faça das suas.

Versos fortes, carregados de vivência.


Carlim

Rogério Saraiva disse...

Caiu no peixe, é faca!

Anônimo disse...

Belo poema Rogério;parabéns camarada. Espero pelos próximo...Abraços!