sábado, 30 de outubro de 2010

Desmundo

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É como caminhar sem perceber o rumo que te leva a engolir o mar. É o sentir de que a cada instante
tudo se afoga. A cada momento, um momento último, desnudo de meus desejos e pensamentos que
se perderam a tantas gotas d'água reunidas para acalentar tantos sonhos dilacerados. O desmundo
daquilo que não sei foi, um suspiro do universo e um desejo intenso de apenas andar pelo mar.

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Rogério Saraiva


2 comentários:

Unknown disse...

O tempo é realmente um moço bem feito de corpo e um tanto voraz, eu diria. O mar além de engolidor em idas e vindas revela-nos o estranho que guardamos. Talvez ai esteja o real absurdo, o susto, o enigma, o mistério de ser humana- criatura dentro da roda viva de viver. E só.

Namastê!

Chocolat Glacé

Raphaela R. disse...

Poxa! Coisa linda!